Número de famílias endividadas em SP sobe para 50,2% em março

No mês passado, 50,2 por cento das famílias consultadas no levantamento declararam ter algum tipo de dívida

São Paulo – A proporção de famílias paulistanas endividadas subiu em março ante fevereiro, bem como aumentou a inadimplência nessa mesma base de comparação, de acordo com pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), divulgada nesta quarta-feira.

No mês passado, 50,2 por cento das famílias consultadas no levantamento declararam ter algum tipo de dívida, um alta de 1,7 ponto percentual na comparação com fevereiro, encerrando três meses mostrando queda na medição sequencial.

“Depois do uso dos recursos adicionais do décimo terceiro salário para quitar as dívidas era natural que o número de famílias endividadas voltasse a subir”, disse em nota a assessoria econômica da FecomercioSP.

Frente a março de 2016, porém, houve queda de 1,4 ponto, conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC). Para a entidade, tal resultado reflete ainda o conservadorismo dos consumidores que, diante da crise econômica e do receio do desemprego, estão avessos à tomada de crédito.

Em números absolutos, a pesquisa mostrou que o total de famílias endividadas passou de 1,873 milhão em fevereiro para 1,941 milhão em março. Em março de 2016, esse número era de 1,979 milhão.

O endividamento foi maior entre as famílias que ganham até dez salários mínimos.

A proporção de famílias com contas em atraso atingiu 17,5 por cento em março, alta de 1,0 ponto na comparação com fevereiro, mas caiu frente ao mesmo período do ano passado, quando registrava 18,4 por cento, mostrou a pesquisa. Saiba mais: reorganize suas finanças com a Just. Crédito pessoal rápido e com taxas a partir de 2,8% ao mês. – Patrocinado 

Também voltou a subir a fatia de famílias que não terão condições de pagar as contas no próximo mês, a 8,7 por cento em março – maior patamar desde outubro de 2006.

Em fevereiro, esse percentual era de 8,4 por cento e em março de 2016, de 6,7 por cento. A maior proporção de contas em atraso foi percebida também nas famílias com renda de até dez salários mínimos.

Fonte: Exame.com